segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Querida Vida,


Há quem nos diga que “as coisas acontecem!”, pelo menos o meu companheiro disse-me isso uma vez. Contudo, quando elas começam a suceder-se interminavelmente entendemos que não é ao ganho da lotaria que este dito se refere, nem a uma promoção de emprego, mas sim a uma teia de acontecimentos destruturantes a que cabe mais a nós dar um sentido se não nos quisermos ir no meio da destruição. No nosso caso, habitamos numa casa, que bem há pouco tempo tinha um gangue com sede na porta do prédio de 3 andares e uma cave, temos baratas, osgas, borboletas da noite, bichos da alcatifa e outros mais minúsculos, a água sai branca e pagamos por tudo isto 425 euros mês. Pagamos... Pagávamos, querem aumentar a renda e este mês não a pagámos devido ao estado de choque em que ficámos. Mais, o meu amor, ia a caminho do seu trabalho de Verão, que nos traz o resto do capital necessário para sobrevivermos e... de forma estranha envolveu-se num acidente de onde saiu culpado, mas que descreveu como, uma espera submissa para o embate que lhe destruiu o nosso carro e o impossibilitará de ir trabalhar todo o mês – só havia ido dia 1 de Setembro... Ele gostava do emprego, estava muito agradecido por ir trabalhar e agora... nada. Mais despesas e “coisas a acontecerem”.

2 comentários:

Queen Frog disse...

Nem sempre é mensurável aquilo que na nossa vida acontece por acaso nem mesmo por um ou outro desígno!
O que é certo é que algumas coisas e o seu acontecer, acontecem na dimensão de nós.E também nós temos que nos acontecer, diferentes.
E aí está o desafio...

:)**

JohnnyBoy disse...

Estes comentários já estão a rivalizar com as "postas"! ,o)
E criarmos um blog cujo título seria "Comentários para nunca enviar"?
Besito