sábado, 12 de dezembro de 2009

O Espírito de Natal

está em nós!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A noite é minha cumplice

Com uma mão apago o sol
Com a esquerda elevo a lua e espero por ti. .
Pés azuis fogem-me ao teu encontro,
Saltitantes numa brincadeira de menino.
Não me pertencem.
(por vezes penso que são guardiões de uma lição que desconheço)
Só desconfio.

Sei-te acabado.
Sei-me também.
Mas há esse tal lugar onde sempre fizemos sentido.
Sempre.
Tremo ante a luz branca dessa certeza.
Ante o teu olhar morno.

Desenrola-se o púrpura e brilham todos os olhos de deus...
Todos.
A noite é minha cúmplice.
Amanhã, quando o sol nascer,deus dorme e volto a perder-te.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

"Don´t get upset, get even."

Kennedy

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

a carta


“ Nascido em todos os sítios onde poiso os olhos…”

Não, nada disso.
Nada de poemas velhos gastos repetitivos.
Como eu.
Hoje nada falo de mim
Só de ti.

Hoje só te digo que rendo-me.
Rendi-me ontem á tua espera.
Algum dia haveria de entrar na normalidade dos que amam.
Amo-te e dói escreve-lo.
Mais do que dize-lo.

Há qualquer coisa de determinista na escrita.
Escreves algo e é sempre para sempre.
Mesmo que no fim rasgues o papel.

Amo-te absoluta, impossível e fatalmente.

E ouço feito adolescente ridícula uma música adolescente ridícula

Para me lembrar de ti.
Porque lembrar-me de ti é lembrar que não consigo esquecer-te.

E ouço a musica subir, descer e pairar sobre mim
Acústica da alma que quer ser devorada.
Acústica da alma que quer ser queimada na fogueira.
Dor, tão deliciosamente insuportável
De amar sem sequência nem expectativa de contrapartida.
Amar unicamente o puro objecto que desgraçadamente amamos.

No meu caso: TU.


Encontrei em ti, menino mais lindo do mundo
Não um reflexo meu, o que seria pobre,
Mas uma ressonância da minha própria alma.
O nosso encontro despertou o eco dessa mesma ressonância até agora minha desconhecida
Agora que te perdi
Ela vibra com mais intensidade como que para me lembrar …
como que para me lembrar.

Revi-te no que vi em ti.
Revi-me no teu amor por mim.
Já nem me lembrava de como eu era.
De como sempre fui.
Em ti e contigo nunca deixei de ser a menina que sempre quis ser.

Não percebes porque disse as barbaridades que disse?
Ainda não percebeste que, na personagem que de mim enceno
Não cabe a ameaça de uma derrota
A ameaça de ser mais uma
De ser banal
O nosso amor não pode ser banal
A antecipação de um desencanto atrofia-me o âmago


Digo barbaridades para não saberes que o que te digo é apenas a forma contida
De te dizer outra coisa
Outra coisa maior que tudo
Mas essa coisa não é do teu mundo
Nem do mundo que construí
Nem do mundo frágil que construímos
Quando nos amamos
Sem pressa e sem deus algum

Tudo isto é literário
Letras palavras frases escorridas
Que queres?
Os livros, palavras as letras
os papelinhos de namorados
Voam entre nós os dois
Como se vida própria tivessem
Como se fizessem parte das energias que trocamos
Isso tudo é o melhor de mim
E é o melhor de mim que vive dentro da minha cabeça quando estou contigo.

Agora afastamo-nos
Beijo-te a correr só para te sentir
Não sei se reparaste
Não te beijo assim por teima ou despeito
Beijo-te a correr
Preciso abraçar-te
Por desequilíbrio químico do meu corpo
Quero e preciso sentir-te em todos os meus pontos
Quero e preciso que entres por todos os lados cantos e me tomes.

Mas por vezes também fujo-te
Fujo-te como ontem te fugi
Sair de ao pé de ti
É regressar ao que não és tu
Sobra-me um eco de cada palavra e pensamento meu

E isso meu amor, transformou-se no insuportável intervalo entre dois encontros.

Eu não amo a ideia de amar-te, mas a ideia de perder-me no meu amor por ti.

Na ternura e luxúria que te tenho em cada poro do meu ser.

Esta carta é sem duvida um excesso.
Excesso tal como a dor que me rasga por dentro
de já te ter aceite como fora da minha vida.
Ontem rendi-me.
Hoje rendo-me ainda mais.
À noite os sentimentos rastejam pelo quarto em agonia.
Esta noite rastejaram do meu lado da cama que agora é só tua.

Hoje enquanto o dia clareava clareei com ele
Clareei que te perdi faz muito
Te perdi desde que me neguei á realidade.

Por isso, a realidade aqui, agora, é como uma dor difusa
Um incómodo não localizado
Que se vai definindo e acertando
Até que insuportavelmente nítida
A sua imagem se nos impõe
Como evidência…
Tu sabes como é
Aliás tu sabes tudo de mim
Tu sabes sempre
Porque tu meu amor
És o melhor de mim.
A minha dor é que comecei a amar-te, sem o saber
Durante aquele breve período
Em que duvidava se estarias a troçar de mim ou eu é que percebia mal as tuas intenções
Mas havia no teu olhar sempre a promessa reconfortante
De que podia ser possível este amor.

Agora tenho a vida (a interior principalmente) do avesso
E é verdade, cada vez mais verdade, que quando penso no que me falta fazer na vida
É em ti que penso.
Em todos os meus sonhos
Olho para o lado e é a ti que vejo.

E tenho medo.
Tenho medo como um animal que instintivamente foge
do que sabe que não pode atingir.

Eu penso em ti, ainda mais do que digo pensar
E tu estás em tudo
Mesmo quando não te penso
Tu és a grande razão
O horizonte sem nome que constantemente se desenha na minha imaginação de mim.

Neste nosso momento
Este que vivemos
Talvez esta carta seja nada mais do que um episódio ridículo
E desnecessário para ti.
Saber que poderia ter sido tua para todo o tempo
Faz-me amar-te mesmo te tendo perdido
Ter todo o tempo é que é amar
Amando seremos eternos meu amor.
Pouco a pouco
Sei que com o tempo passarei a ser mais uma dessas tuas incongruências,
Esquecida entre datas e factos relevantes
Pouco a pouco como azeite entre os dedos
E isso é sem duvida uma agonia e embaraço para mim.

É-te incómoda esta carta e isso bastaria que me abstivesse de a entregar
Neste papel banal e branco.
Banal como me sinto a rastejar por algo que deliberadamente perdi.
Mas o branco fica-te tão bem
E as cores todas ficam em ti como tu ficas no meu mundo
Exactamente bem.

Esta carta é sem dúvida um acto de egoísmo
Acaba por ser como se não tivesse remetente
Por isso não a assino
Pois talvez quem ta deveria enviar seria alguém que ainda amasses.

Mas como já te disse, essa que já não amas,
Talvez precisamente por isso,
Não existe mais.


Talvez esta carta tenha sido escrita por alguém que talvez um dia venhas a amar.
Talvez.
Talvez não.

Dou-te tudo: até a hipótese de não ter sido escrita por mim,
alguém que te chorou toda a noite por te saber perdido.


Para sempre tua
Para sempre
O que fomos ninguém nos tira.


Adeus





Excerto de "Amor" de Antonio Mega Ferreira plagiado, adulterado e filtrado por mim.
pag. 26 e 27

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

já já

Quando dou por mim
estou a pasmar no céu azul vasto
neste desaguar das montanhas no mar imenso

Quando dou por mim
estou a trautear duas palavras
da musica lamechas que puseste logo de manha

Quando dou por mim
tenho os olhos marejados
do olhar que me deste por cima da chávena de café
rompeste-me o âmago, as tripas e a alma
por me sentir amada
e de se calhar,
só se calhar
tu me teres assim
como eu te tenho

Quando dou por mim
Sou tudo o que nunca pensei ser
e nunca fui tão autentica
tão clara
tão plena

Quando dou por mim
penso até quando me vou assim sentir
sabendo que ou eu ou tu
já já puxamos o tapete a tudo que aqui escrevo.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

cold cold heart

I tried so hard my dear to show
That you`re my every dream
Yet you`re afraid each thing I do
Its just some evil scheme

A memory from your lonesome past
Keeps us so far apart
Why can`t I free your doubtful mind
And melt your cold cold heart?

Another love before my time
Made your heart sad and blue
And so my heart is paying now
For things I didnt do

In anger unkind words are said
That make teardrops start
Why can`t I free your dubtful mind
and melt your cold cold heart....

Cold cold heart- Norah Jones

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

all over again

Nem foi preciso te ter perdido duas vezes para saber que "à terceira è de vez..."
Essa frase rebatidissima que milhares de vezes ouvimos pela vida fora.
Ando a espectadora da minha vida, e vejo-me a apostar num jogo de sorte o que tenho de melhor...
E nao...nao ès tu.
Mas a mulher que por ti se apaixonou.
 terceira meu caro, perco o que tenho de mais valioso, a minha capacidade de amar.
Nao è dramatismo, nem exagero...it`s a fucking fact...
Agora passiemos juntos por estas paragens, sentemo-nos lado a lado como disseste, amemo-nos e...deixemo-nos de merdas...nao deve ser assim tao dificil...acordamos,tomamos cafe, vamos trabalhar pro salario,voltamos ao fim do dia, namoramos atè à hora do jantar...vinhozinho...charrinho (sò para mim eu sei...)...acordamos no dia seguinte e tudo all over again...
È so eu deixar de querer que sejas como eu quero, e tu...que me queiras assim, dramatica,descompensada e tagarela...
beijos lover of mine.