segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Amada Rapunzel de tranças ausentes,

Escrevo aqui sobre o meu amor por ti porque não estou certa que estejas livre e não quero trazer-te prejuízo ao teu gentil e fiel coração.

Admiro-te como és: correcta, delicada mas também convicta. Ultrapassaste as minhas gargalhadas e derreteste a máscara social, fizeste o meu pensamento parar e foste mel que entrou invisivelmente em cada tecido meu.

Inspiras-me a cada dia. Estou mais feliz, mais confiante, mais descontraída, mais eu. Seres tu, fez-me poder ser eu mesma sem segunda e terceira peles. Só uma: já não preciso ser meia.

De ti tenho o sorriso e o negro dos olhos, as mãos trabalhadas pela expressão dos sentimentos, as pernas como cauda de sereia vulnerável quando fora do seu elemento. Somos uma. Consegues senti-lo? Ou estarei num delírio? Espero bem que não mas agradeço-te de antemão.



O teu príncipe de olhos magoados esperando as tuas lágrimas milagrosas

Jo